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26-05-2007

Para final de Maio um plano de recuperação


Aveiro - Dívida municipal obriga a 15 anos de sacrifício

O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, afirmou sexta-feira que a situação financeira municipal "levará a 15 anos de sacrifício" e prometeu para o final de Maio um plano de recuperação.

Falando na sessão extraordinária da Assembleia Municipal destinada a discutir o relatório de uma auditoria encomendada à gestão do mandato anterior, Élio Maia concluiu que "o que está em causa, mais do que a diferença de valores, (entre a maioria PSD/CDS e a oposição) é se a Câmara tem uma postura de bem".

"Estamos a confrontar o plano de recuperação com as propostas do relatório para atacar o problema e até final do mês de Maio será feita a apresentação pública", anunciou.

Segundo o autarca, a dívida municipal aumenta quase 100 mil euros em cada dia útil e são consumidos mais de um milhão euros todos os meses para o serviço da dívida, cativando 33 por cento das receitas.

"A situação é demasiado grave para ser resolvida com facturas e levará pelo menos a quinze anos de sacrifício", estimou.

Carlos Candal, do PS, reagiu, reconhecendo que a situação "é preocupante, mas importa não dramatizar" e sublinhou que a maioria PSD/CDS não pode continuar a refugiar-se no argumento da dívida.

"Importa não dramatizar. A Câmara de Lisboa tem um endividamento relativo muito superior ao de Aveiro e não podem estar sempre a falar da pesada herança: ganharam as eleições a cavalo da dívida, mas já chega", comentou.

A interpretação dos números apurados pela auditoria continua a opor o PS ao executivo de Élio Maia, já que, enquanto os socialistas sublinham que o conjunto da dívida de curto, médio e longo prazo exigível à data das eleições era de 168 milhões de euros, o presidente da Câmara insiste em indicar o montante de 280 milhões como total de compromissos a que o município estava vinculado.

A sustentar a sua leitura, Élio Maia deu exemplos de protocolos por cumprir com a Marinha, com a Refer, ou com uma instituição de solidariedade social, as Florinhas do Vouga, para vincar que, o que está em causa, é se a Câmara honra ou não os seus compromissos.

No caso da antiga Capitania, hoje sede da Assembleia Municipal, a Câmara obrigou-se a construir uma nova capitania e a ceder dois apartamentos.

"Penso que ninguém tem dúvidas de que não vamos agora dizer à Marinha que não cumprimos" exemplificou.

Raul Martins, do PS advertiu que "pode transparecer a ideia que quanto maior for a dívida, mais tempo o executivo pode ficar sem fazer nada" e afirmou que "está a trilhar um mau caminho e a dar um tiro no pé com a vontade eleitoral de dizer que está mal".

"Diz o presidente que os auditores detectaram responsabilidades, que podem vir a dar dívidas. Prometi à minha neta que quando casasse lhe comprava um automóvel, mas acham que por isso, devo já apontar nas contas em casa que devo o automóvel, ou apenas quando comprar? Até posso pagar a pronto", questionou Raul Martins.

"Para sermos sérios, o que temos de dizer é que, à data da passagem do testemunho a dívida era de 168 milhões", concluiu o socialista.

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